segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O tema da noiva

A maioria das pessoas mais jovens nem sabe que até o início da década de 70 Elke Maravilha era modelo e tinha uma beleza que lembrava Marilyn Monroe. Nessa época ela já participava de alguns filmes e também aparecia na TV, usando trajes e penteados ainda não tão chamativos.
Outra informação que muita gente desconhece é que Elke é uma boa atriz. Sua participação em “Pixote – A lei do mais fraco”, apesar de curta, é fortíssima.
Pena que “A noiva da cidade”, filme de 1978 onde ela teve sua grande oportunidade como protagonista, não foi visto por quase ninguém e quem viu não gostou.
Mas as críticas da época defenderam pelo menos a atuação dela e a lindíssima música-tema, composta especialmente por Francis Hime e Chico Buarque.
A obra, com direção de Alex Viany e roteiro co-escrito por Humberto Mauro, caiu no esquecimento e dela quase não encontramos nem fotografias. A imagem que escolhi para o mural de hoje é uma das poucas divulgadas.
Essa lembrança de Elke e do filme que nunca vi aconteceu simplesmente porque não consigo parar de ouvir o álbum “Meus caros amigos”, de Chico Buarque, no qual se encontra a tal canção composta por encomenda.
Agradeço ao meu amigo H. Ishikawa por esse presente, alegria das minhas noites quando fecho o cabaré.

3 comentários:

  1. Caro Leonce,

    Que bacana essa lembrança de duas pessoas mais do que especiais para a nossa cultura brasileira.Chico sempre coerente e fino, acabou de dar o maior exemplo para o Brasil, como já fez no passado e sempre.
    A última vez que encontrei Elke Maravilha pessoalmente foi na exposição dos Russos, no CCBB Ela abriu aquele sorrisão lindo que ela tem e eu disse: Elke que alegria e boa surpresa encontrar vc aqui! Ela então disse: Eu tinha que vir, tudo isso aqui está no meu sangue (e apontava com o dedo as veias do braço.) rsrsrs
    Não será nunca possível ver esse filme? Vamos perguntar para ela about it?

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  2. Josafá,

    Eu também já estive diante da própria Elke algumas vezes, e numa dessas ocasiões, numa edição do Festival de Búzios, há uns 10 anos, não pude deixar de falar desse filme com ela. Mas ela mesma disse não saber onde encontrá-lo, reconhecendo que a obra realmente não ficou à altura do que se esperava. Mas sei que existe uma cópia na Cinemateca Brasileira, pois a mesma já a exibiu em 2008, numa programação intitulada "Lado B" (se não me engano), mas quando eu soube disso já era tarde demais, infelizmente.

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  3. Estarei mês que vem com Elke, e falarei desta descoberta.
    Agora fiquei com uma enorme vontade de ver o filme.

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